Descubra por que ocorre a perda de olfato pós-COVID, quanto tempo dura e quais tratamentos ajudam na recuperação.
A perda de olfato pós-COVID vai além de uma simples alteração sensorial: ela impacta profundamente a vida emocional e social do indivíduo. Pacientes com anosmia COVID-19 frequentemente relatam sentimentos de frustração, isolamento e até sintomas de ansiedade e depressão.
Isso ocorre porque o olfato está intimamente ligado às emoções e à memória - perder esse sentido é, em muitos casos, perder parte da experiência sensorial cotidiana.
A ausência do cheiro de alimentos, perfumes, ambientes familiares ou até do próprio corpo afeta a autoestima, a interação com outras pessoas e até a percepção de higiene pessoal.
Estudos demonstram que pessoas com disfunção olfatória prolongada apresentam maior risco de distúrbios psiquiátricos, especialmente quando os sintomas persistem por meses sem acompanhamento adequado. Assim, o tratamento para olfato COVID deve considerar não apenas a função sensorial, mas também o bem-estar emocional do paciente.
A perda de olfato associada à COVID-19, também chamada de anosmia, tornou-se um dos sintomas mais característicos da infecção pelo vírus SARS-CoV-2, mesmo em pacientes que apresentavam quadros leves ou assintomáticos. O fenômeno chamou a atenção da comunidade científica global, e diferentes mecanismos fisiopatológicos foram propostos para explicar essa disfunção olfativa.
O principal mecanismo aceito atualmente envolve a ação do vírus nas células sustentaculares do epitélio olfatório — estrutura localizada na parte superior da cavidade nasal.
Essas células, embora não sejam neurônios sensoriais, expressam em alta quantidade o receptor ACE2 (enzima conversora de angiotensina 2) e a protease TMPRSS2, que facilitam a entrada do vírus.
Com a infecção, ocorre destruição ou disfunção temporária dessas células de suporte, o que compromete o funcionamento dos neurônios olfatórios e interrompe a transdução dos sinais olfativos.
Além da lesão local, há intensa resposta inflamatória na mucosa nasal, com liberação de citocinas inflamatórias como IL‑6 e TNF‑alfa, que também afetam a regeneração das células nervosas e reduzem a neuroplasticidade.
Em alguns casos, estudos de neuroimagem indicaram alterações no bulbo olfatório, sugerindo possível envolvimento central, embora esse mecanismo ainda seja menos compreendido.
Outro aspecto relevante é que, diferentemente de outras infecções respiratórias, a perda de olfato na COVID-19 frequentemente ocorre sem congestão nasal ou coriza significativa, o que reforça a hipótese de que o dano é neurossensorial, e não apenas mecânico.
Esses fatores combinados explicam por que a anosmia COVID-19 surge de forma súbita e, em alguns pacientes, pode persistir por semanas ou meses, exigindo acompanhamento médico especializado e intervenções terapêuticas como o treinamento olfatório para promover a reabilitação sensorial.
Na maioria dos casos, a perda de olfato causada pela COVID-19 é temporária. Estudos clínicos mostram que aproximadamente 80% das pessoas recuperam a função olfativa dentro de duas a quatro semanas após o início dos sintomas. A melhora costuma ocorrer de forma gradual e espontânea, especialmente entre pacientes mais jovens e com quadros leves da doença.
No entanto, entre 10% e 20% dos pacientes, a anosmia ou hiposmia persiste por meses, mesmo após a resolução da infecção. Dados de acompanhamento clínico a longo prazo, como os do estudo de Boscolo-Rizzo et al. (2021), mostram que até 5% dos indivíduos continuam apresentando alguma disfunção olfativa significativa mesmo após seis meses a um ano. Em alguns casos, a perda parcial do olfato pode vir acompanhada de alterações qualitativas, como parosmia (cheiros distorcidos) e fantosmia (percepção de odores inexistentes).
A persistência desses sintomas tem impacto direto na qualidade de vida, afetando o apetite, o prazer ao comer, a memória afetiva e até a segurança pessoal - uma vez que o olfato é fundamental para detectar fumaça, gás ou alimentos estragados. Por isso, é fundamental buscar avaliação médica especializada sempre que a recuperação não ocorrer no período esperado.
O acompanhamento por um otorrinolaringologista permite a realização de testes objetivos para mensurar o grau da disfunção e indicar o tratamento mais adequado, como o treinamento olfatório estruturado. Quanto mais cedo for iniciado esse processo, maiores são as chances de uma recuperação completa da função olfativa.
Embora muitas pessoas recuperem o olfato espontaneamente nas primeiras semanas após a infecção por COVID-19, a persistência dos sintomas além desse período pode indicar a necessidade de avaliação médica. De forma geral, considera-se preocupante quando a perda de olfato dura mais de 4 semanas sem sinais claros de melhora. Nesse ponto, a disfunção olfatória deixa de ser considerada transitória e passa a exigir investigação específica.
Além da ausência completa de cheiro (anosmia), outros sinais de alerta incluem alterações qualitativas como a parosmia (quando odores conhecidos passam a ser percebidos de forma distorcida e desagradável), e a fantosmia, caracterizada pela sensação de cheiros inexistentes, como fumaça, enxofre ou podre. Esses sintomas muitas vezes indicam uma recuperação anormal da via olfatória e devem ser acompanhados de perto.
Outro indicativo de preocupação ocorre quando o olfato retorna parcialmente, mas estagnou, sem evolução ao longo das semanas. Embora a melhora parcial seja um bom sinal, a ausência de progressão pode revelar comprometimento mais profundo do epitélio olfatório ou dos mecanismos neurais envolvidos.
É importante ressaltar que sintomas persistentes não devem ser normalizados nem subestimados. A COVID-19 pode causar danos significativos às células de suporte olfatórias e à plasticidade neuronal. Assim, quanto antes o paciente buscar orientação de um especialista, maiores são as chances de recuperação completa com auxílio de protocolos como o treinamento olfatório supervisionado.
O diagnóstico da perda de olfato pós-COVID começa com uma entrevista clínica detalhada, conduzida por um especialista em otorrinolaringologia. Nessa etapa, o médico coleta informações sobre o início dos sintomas, seu padrão de evolução, a gravidade da disfunção e possíveis alterações qualitativas como parosmia ou fantosmia. Também são investigadas condições anteriores que possam influenciar o quadro, como rinites, cirurgias nasais ou doenças neurológicas.
Em seguida, são aplicados testes olfativos padronizados, como o UPSIT (University of Pennsylvania Smell Identification Test), considerado padrão-ouro para avaliação quantitativa do olfato. Esse teste consiste na exposição controlada a uma série de odores para avaliar a capacidade de detecção, discriminação e identificação dos cheiros. Outros métodos como o "Sniffin’ Sticks" também podem ser utilizados conforme a disponibilidade e o protocolo da clínica.
A avaliação do olfato não deve se restringir a um único momento: é importante que o paciente seja acompanhado ao longo do tempo, com testes funcionais repetidos, a fim de monitorar a evolução do quadro e identificar possíveis melhoras ou agravamentos. Essa abordagem longitudinal é essencial principalmente nos casos de anosmia prolongada ou recuperação incompleta.
Quando necessário, o médico pode solicitar exames complementares, como endoscopia nasal para avaliação anatômica da cavidade nasal, exames de imagem (ressonância magnética ou tomografia) para descartar alterações estruturais ou neurológicas, e exames laboratoriais para investigar deficiências nutricionais ou causas metabólicas. Essa abordagem integrada permite estabelecer um diagnóstico preciso e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.
Nos casos de perda de olfato prolongada após a infecção por COVID-19, o treinamento olfatório é atualmente a principal estratégia terapêutica recomendada por especialistas. Trata-se de uma técnica não invasiva, baseada na exposição repetida e controlada a diferentes estímulos olfativos, com o objetivo de estimular os neurônios sensoriais e favorecer a regeneração funcional do sistema olfatório.
Esse processo é fundamentado no conceito de neuroplasticidade, que é a capacidade do sistema nervoso de se reorganizar e formar novas conexões neuronais em resposta a estímulos. Ao realizar o treinamento de forma consistente, com substâncias odoríferas específicas (como rosas, limão, cravo e eucalipto), o cérebro é induzido a reativar os circuitos envolvidos na identificação dos cheiros, mesmo após meses de disfunção.
Estudos demonstram que o treinamento olfatório pode acelerar a recuperação e melhorar significativamente a percepção de odores, especialmente quando iniciado precocemente e mantido por pelo menos 12 semanas. Mesmo em casos crônicos, ele pode contribuir para ganhos graduais e redução de sintomas como parosmia.
Portanto, diante de perda de olfato pós-COVID persistente, é fundamental iniciar o treinamento olfatório sob orientação médica. Produtos como os kits da Olfato Up, desenvolvidos com base em protocolos científicos validados, oferecem uma forma prática e acessível de realizar essa reabilitação em casa, com segurança e eficácia.
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O método consiste na exposição diária e estruturada a diferentes fragrâncias naturais, cuidadosamente selecionadas para estimular os receptores olfatórios e promover a reorganização neural - um processo conhecido como neuroplasticidade.
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Além de ser utilizado em domicílio, o kit pode ser associado ao acompanhamento médico especializado, tornando-se uma ferramenta essencial para quem busca recuperar o olfato com autonomia e eficiência.
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